sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Graças ao seu papel em Eclipse, Julia Jones está perto do estrelato


LOS ANGELES – Se os dois filmes da franquia Crepúsculo servem para provar alguma coisa, eles mostram que todos aqueles que estão envolvidos com os filmes de vampiros ficarão instantaneamente famosos e serão seguidos por fotógrafos aonde quer que vão. Isso é uma grande notícia para a nativa de Boston, Julia Jones.

Jones, 29 anos, tem um papel essencial em Eclipse, o terceiro filme da série de vampiros baseada no best-selling de Stephenie Meyer. No filme, que estreia em 30 de junho, Jones interpreta Leah Clearwater. A única mulher da matilha dos lobos, uma jovem mulher amaldiçoada com o poder de ler a mente de seu ex-namorado – que agora ama outra pessoa. Jones explica que foram os detalhes que Meyer deu sobre sua personagem que a ajudaram a se apaixonar pela angustiada Leah.

“A Stephenie Meyer escreveu as camadas, e você acaba descobrindo o resto,” disse Jones, que já teve um pequeno papel na série ER e atuou em alguns filmes independentes antes de conseguir o papel em Eclipse. “Geralmente você fica procurando por alguma pista no roteiro – e geralmente esse não é o seu propósito. Mas neste caso, são 3.000 páginas de detalhes de uma história.”

Jones aperfeiçoou a arte de se transformar em uma loba, mas na vida real ela é tem um sorriso doce, e senso de humor seco. Ela cresceu em Jamaica Plain, passava os verões em Cape, e se formou no Boston Latin School. Sua mãe ainda vive em uma das estradas que liga o centro ao caminho que leva à Jamaica Plain.

“A coisa legal nisso tudo é que há um lago em um final da rua – eu cresci velejando nele – e no outro lado, há várias casas sendo construídas,” diz Jones depois de visitar o escritório de seu agente em Los Angeles, após voltar de Vancouver das gravações de Eclipse.

Jones começou a sua carreira quando era criança. Aos 4 anos, ela dançou no Boston Ballet em uma das produções do O Quebra-Nozes. No ensino médio, ela foi a estrela do Wheelock Family Theatre.

A diretora do Wheelock, Jane Staab, diz que Jones sempre foi intensa e introspectiva, mesmo quando era adolescente. “Essa sua inteligência sempre se sobrepunha,” diz Staab. “Ela tem uma luz interior que você respeita. Isso transmite algo de bom.”

Jones saiu de Boston depois de acabar o ensino médio para ir estudar na Columbia University, onde passava seu tempo livre trabalhando como modelo. Ela fazia alguns ensaios fotográficos para T.J. Maxx em Massachusetts, mas foi em Nova York que a coisa ficou séria.“Foi maravilhoso. Eu fui para a Europa e viajei bastante. Fiz vários catálogos – Espirit e Polo Ralph Lauren. Trabalhei para o GAP e Levi’s. Clientes que sempre te procuravam como o Macy’s and Target.”

Mas em seu último ano na Columbia, Jones mostrou interesse pela telona, saindo do teatro. Ela se mudou para Los Angeles e conseguiu alguns papéis pequenos, na maioria deles, ela interpretava nativas americanas (ela faz parte da Chickasaw e Choctaw). Eventualmente, ela foi escalada como a Dra. Kaya Montoya em 2008 na série E.R.

Depois de conseguir o papel em Eclipse no ano passado, ela teve que manter isso em segredo por um mês. Tudo sobre Crepúsculo logo vira notícia, ela explica, e a Summit queria manter isso em total segredo. Outra questão era a importância de participar de uma série de filmes que já havia feito milhões de dólares pelo mundo. “Virou um sucesso rapidamente. Antes de você negociar algo assim, você quer que as pessoas saibam disso, mas eu não podia falar nada.”

Assim que foi permitido falar sobre o assunto, ela fez algumas festinhas para comemorar a contratação de uma das mais populares franquias na história. Ela foi a Nova York para encontrar alguns velhos amigos. “As pessoas que são realmente próximas, que me conhecem por toda a vida,” diz Jones. “Meus melhores amigos do mundo são meus amigos desde a escola.”

Penny Wells, a mãe de Jones, diz que não está surpresa com essa conquista da filha. Wells, diretora executiva do Students Against Destructive Decisions, diz que sua filha sempre foi focada no que as pessoas pensam, em suas emoções. “Ela é uma pessoa muito séria,” diz Wells. “Ela tem muito interesse pelas coisas que envolvem o mundo.”

Durante suas intensas três semanas gravando Eclipse, Jones teve acesso ao mundo dos filmes de grande orçamento e à vida das estrelas de Hollywood. Ela estava cercada por nomes importantes como Robert Pattinson, Kristen Stewart e Taylor Lautner, que na época estavam passando pelo mesmo momento de tentar conciliar o trabalho com a fama internacional.

“Estou impressionada em como eles conseguem lidar com tudo isso,” diz Jones. “É seu trabalho e eles o tratam como seu trabalho. Seja a razão que for, e o Taylor só tem 17 anos, eles entendem tudo isso. São muito responsáveis.”

E então há Meyer, Jones a descreve como peça integral em qualquer decisão a ser tomada no set. “Ela meio que tem uma aura de Deusa sobre ela,” diz Jones. “Ela viva para isso. Ela é muito fiel. Ela tem uma autoridade incrível e presença.”

Trabalhar em Eclipse exigiu um trabalho físico que Jones não imaginava. Havia cenas de luta – e ela era a única mulher no meio de toda a ação. E logo percebeu que podia aprender com seus outros amigos lobos.

“Fiquei muito próxima deles – da matilha, com certeza,” ela diz. “Era como uma família. Todos eles, isso foi uma experiência única.”

Chaske Spencer, que interpreta o ex-namorado de Leah nos filmes, diz que o sentimento é mútuo. Ele diz como ela é amável e que foi legal ter uma mulher na matilha. “Ela é a minha garota,” ele diz rindo. “Ela é durona. E sabe como lidar com os garotos.”

Quando Jones voltou a Los Angeles das gravações, ela já começou a trabalhar na peça Palestine, New México de Richard Montoya. O projeto a fez voltar à realidade e com ensaios constantes. “Eu descobri que esse pessoal de teatro não liga nem um pouco para Crepúsculo, o que foi um tapa na cara para mim,” ela diz rindo.

Mas logo Jones se reunirá novamente com seus amigos sobrenaturais. Há uma espera de cinco meses para Eclipse, mas já avisaram Jones de que a divulgação do filme começará logo. Ela está se preparando para a loucura toda – turnês em shoppings, encontros com os loucos fãs da série que estarão observando a tudo, já que será ela quem dará vida à Leah. E então há Amanhecer, o quarto filme da série, que Meyer disse que poderá ser dividido em duas partes a serem filmadas nos próximos anos.

Ela já conferiu toda a loucura quando esteve em novembro na estreia de Lua Nova com seus colegas de elenco. Sua personagem ainda não foi apresentada nos filmes, e ela não foi reconhecida por muitos fãs que estavam na fila para verem Pattinson, Lautner, Stewart e os outros atores na estreia.

“Depois de participar das entrevistas, eu estava faminta. E havia 30.000 fãs em Westwood. As pessoas estavam acampando lá por cinco dias ou mais. Eu comecei a andar pelos fãs para ir ao California Pizza Kitchen. E quando eu comecei a fazer isso, um dos atores da matilha, o Alex Meraz estava passando e ia ser entrevistado, ele passou por mim. E quando os fãs o viram, começaram a ficar loucos. E estando lá ao seu lado, foi como ‘Isso é provavelmente o que acontecerá com você.’

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